Análise de filme:

Esse filme demonstra o que uma mãe abusiva pode provocar na estrutura psíquica e na vida de um filho que cresceu em relação simbiótica com ela.

Numa trama angustiante, o roteirista costura alucinações e memórias do personagem corroborando com a observação psicanalítica sobre o significado do surto psicótico.

Sua mãe com traços perversos, sedutora, intensamente controladora, manipuladora e acusadora não media esforços na exigência de amor ao filho. Ao mesmo tempo, essa mulher fálica diminuía a potência sexual masculina (e de Beau) com um discurso torturante (enquanto ele ainda era criança) sobre pessoas de sua família terem morrido durante a primeira relação sexual, exceto ela. Discurso tão “bem” colocado que, durante um episódio de surto, Beau enxergou o seu pai sendo um mini e ameaçador órgão sexual masculino.

O que restava a Beau era a busca desesperadora por limpar a sua imagem. Pois ao seu menor sinal de autonomia, surgia a ameaça de perda de amor materno (ora ela o ignorava, ora ela o tratava mal).

-> Lembrou-me da dinâmica relacional da série Bates Motel. Embora Norman Bates esteja mais claramente na categoria sintomática dos “crimes de gozo” (para explicação a respeito dessa categoria, vide meu instagram: @psicoterapia.tgm).

E, aí, já assistiram?
O que acharam?

*Fonte da imagem: otageek